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Parasitas e Zoonoses – O Que é Preciso Saber para Proteger Humanos e Animais

O Que São Zoonoses e Por Que Você Deve se Preocupar

Você sabia que pulgas, carrapatos e ácaros são mais do que apenas incômodos para seus animais de estimação? Esses parasitas podem ser responsáveis por zoonoses, doenças que se transmitem entre animais e seres humanos. Segundo o médico-veterinário Alexandre Merlo, Gerente Técnico para a linha de Animais de Companhia da Zoetis, esses parasitas e microrganismos, como vírus, bactérias e fungos, representam um risco significativo à saúde.

Principais Parasitas que Afetam Humanos e Animais

Pulgas

As pulgas são encontradas tanto no ambiente quanto nos animais. Elas preferem se instalar em cães e gatos devido à temperatura corporal, mas, na ausência desses hospedeiros, podem atacar pessoas, incluindo crianças e idosos. As pulgas não apenas sugam sangue, mas também provocam coceira, alergia e podem transmitir doenças.

Carrapatos

Os carrapatos picam tanto humanos quanto animais e são conhecidos por serem transmissores de várias doenças. Além do incômodo causado pela picada, podem gerar reações alérgicas. “Esses parasitas são extremamente resistentes e podem sobreviver muitos dias sem se alimentarem”, alerta Merlo.

Ácaros (como o Sarcoptes scabiei)

Os ácaros, responsáveis pela sarna sarcóptica, afetam cães e também podem ser transmitidos para os humanos. Eles habitam a superfície da pele e causam lesões com coceira, avermelhamento e perda de pelos. A transmissão ocorre pelo contato direto ou por meio de fômites, como roupinhas e caminhas, tornando a doença altamente contagiosa entre animais e pessoas.

Vermes e Doenças Parasitárias

Doenças como ancilostomose, toxocariose e dirofilariose são provocadas por vermes e podem ser prevenidas com medicamentos regulares. A transmissão das verminoses gastrointestinais ocorre pelo contato com fezes, onde os ovos e larvas são excretados. A dirofilariose, ou doença do verme do coração, é transmitida por mosquitos e, se não tratada, pode levar a sérios problemas de saúde. “O tratamento da dirofilariose é complexo, pois muitos animais podem ser assintomáticos”, explica Merlo.

Cuidando do Seu Animal de Estimação: Prevenindo Zoonoses

Cuidar de um animal de estimação é bem mais trabalhoso do que aparenta. Além de dar banho, tosar, oferecer comida e levar ao veterinário, é preciso ficar atento à transmissão de doenças. Sim, os humanos podem contrair patologias vindas dos pets, as famosas zoonoses.

O contato indevido é o grande culpado por essa transmissão, como ser lambido no rosto, beijar o animal na boca e mordidas. A maioria dos animais possui contato direto da boca com suas fezes e urinas, contraindo micro-organismos prejudiciais à saúde dos seres humanos. Mas, felizmente, é possível frear as zoonoses.

Como evitar que nosso pet nos transmita doenças?

Mesmo que seja a forma de demonstrar todo o carinho e amor sentido pelos tutores, permitir que ele dê lambidas no rosto ou beijá-lo no focinho nunca é uma boa ideia.

1) Não interrompa a fase de lactação

O leite materno é muito importante para o desenvolvimento do filhote, pois é através dele que o bichinho recebe vários componentes indispensáveis, como anticorpos. Quanto mais tempo ele for alimentado com este leite, mais forte o organismo ficará para combater doenças.

2) Siga à risca os programas de vacinação e desparasitação

A melhor forma de combater patologias é através da prevenção. Portanto, cumpra à risca os programas de vacinação e desparasitação para combater vírus, bactérias e parasitas. A raiva e a leptospirose, que são perigosas tanto para a saúde animal quanto humana, são exemplos de doenças evitadas com esse método.

3) Mantenha o animal sempre limpo

Tanto por uma questão de higiene quanto para inspecionar a presença de fungos e pulgas. Escovar os pelos de vez em quando também é uma opção para ficar de olho em possíveis anomalias da pele. Se descobrir qualquer tipo de problema, não toque com as mãos nuas; vá direto ao veterinário averiguar.

Além disso, lembre-se de limpar as patas do bichinho sempre que voltar de passeios. Normalmente, as almofadinhas ficam molhadas e úmidas, criando um ambiente perfeito para a proliferação de fungos. Portanto, higienize-as bem antes do pet entrar em casa, utilizando lenços umedecidos ou um pano molhado limpo.

4) Tome cuidado com beijos e lambidas

Embora demonstrem carinho através de lambidas e beijos, é importante evitar esse contato, pois eles costumam limpar suas genitálias com a língua e fazer diversas coisas repulsivas para nós humanos. Essas ações acumulam grandes quantidades de bactérias e parasitas no focinho, que podem ser transmitidos aos donos.

5) Higienize regularmente o ambiente em que vive

O local onde vive pode se tornar um criadouro de parasitas se não for limpo regularmente. É fundamental que o ambiente seja higienizado pelo menos uma vez por semana, utilizando produtos neutros para não irritar o nariz sensível do pet.

6) Atenção aos perigos presentes em passeios

Na hora do passeio, é vital que o dono tome cuidado com alguns riscos diários. Não permita que o pet entre em contato com urina e fezes de outros animais para evitar doenças, como a brucelose. Além disso, não deixe que ele beba água de córregos ou poças. Se ele entrar em pântanos ou outras áreas úmidas, lave-o assim que chegar em casa.

Jamais permita o contato com animais silvestres ou portadores de doenças, como ratos e insetos. Essa dica é válida tanto para quem vive em áreas urbanas quanto rurais, pois os perigos estão espalhados por todos os lugares.

7) Não deixe subir na cama sujo

Pode parecer uma dica óbvia, mas muitos donos não prestam atenção nesse detalhe. É importante impedir que o cão entre em contato com nossos lençóis para evitar a proliferação de bactérias em um local tão íntimo. Quando quiser dormir com o peludo, certifique-se de que suas patas e pelagem estão limpinhas.

Cuidados com zoonoses inversas

Os cuidados para evitar a transmissão de doenças se estendem para os humanos, já que os bichinhos também podem contrair algumas patologias de nós. Essa situação é conhecida como “zoonose inversa”. Exemplos incluem caxumba, estafilococo dourado e tuberculose.

Contudo, vale esclarecer que é muito improvável transmitir patologias aos pets. Os casos comprovados ao longo dos anos foram extremamente isolados. Mesmo assim, é importante tomar precauções para evitá-las.

A melhor forma de prevenir zoonoses inversas é seguir as mesmas dicas mencionadas acima: mantenha as vacinas em dia, adote hábitos de higiene, como lavar as mãos antes de comer e após usar o banheiro, limpe a casa regularmente e evite ingerir alimentos e bebidas mal preparados. Com pequenos cuidados, é possível evitar diversas doenças.


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Observação Importante: As informações aqui apresentadas não substituem a avaliação ou o acompanhamento profissional. Sempre consulte um médico ou especialista em saúde para orientações personalizadas.

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